quarta-feira, 10 de junho de 2009

o que é ESCOLA BIBLICA

O QUE É A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL/DINÂMICA (EBD)?


É o método de ensino da Bíblia, semanalmente, visando levar o aluno a:
1) aceitar Jesus como Único Senhor e Salvador;
2) crescer na fé e no conhecimento bíblico;
3) por em prática os ensinos bíblicos.
BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
Nos primeiros dois séculos da era cristã, a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. Porém, do terceiro século em diante, a Igreja cresceu muito e a obra de educação cristã não acompanhou este crescimento. Milhares de pessoas foram batizadas sem instruções. Daí muitas práticas erradas entraram no cristianismo.
Isto perdurou até o século XVI, quando os reformadores Lutero e Calvino reintroduziram o ensino bíblico ao povo. Na Alemanha, Lutero enfatizou que cada cristão tivesse a Bíblia em sua própria língua para poder ler as Escrituras por si mesmo. Traduziu a Bíblia latina para o alemão. Depois, escreveu dois catecismos (livros de instrução cristã): um para adultos e outro para crianças.
Calvino fundou, em Genebra, uma Faculdade Evangélica de Teologia. No século XVII, Robert Raikes começou a levar as crianças a sua casa aos domingos, ensinando-as a ler e escrever tendo a Bíblia como texto. John Wesley gostou da idéia e ela espalhou-se em grande escala. Nascia assim a EBD (sigla de Escola Bíblica Dominical, ou Escola Bíblica Dinâmica).
EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA LOCAL
A educação cristã na igreja não é só responsabilidade do pastor. Outros oficiais locais têm esta responsabilidade, como o Supervisor de Menores, Coordenador Educacional, etc.. Em quase todas as igrejas, há várias agências de ensino: Liga de Jovens, Liga do Lar (senhoras), Escola Bíblica Dominical ou Dinâmica (EBD), Classe de Novos Convertidos, Liga de Crianças, Classe de Casais, etc. O propósito de todos eles é prover a comunhão, ser agente de evangelização e proporcionar o ensino.






PORQUE ESTUDAR A BÍBLIA ?
Os ensinos bíblicos são imprescindíveis para o homem. Na Bíblia existem doutrinas (ensinos), poemas, provérbios, cânticos, histórias, revelações, profecias, comentários, narrativas e outras formas literárias, abrangendo 66 livros, que foram escritos por 40 diferentes autores, sob inspiração do Espírito Santo de Deus (livro de 2 Pedro, capítulo 1, verso 21).
Desprezar este conteúdo, é ignorar um conteúdo espiritual inestimável.
A sabedoria da Bíblia, chamada também "Palavra de Deus" é uma fonte a jorrar para a vida eterna. Nela, se encontra o Plano de Salvação para o homem, a justiça, a misericórdia, o amor, a eternidade, a santidade.
O propósito de estudar a Bíblia, de forma ordenada e contínua, é que as Sagradas Letras podem:
1) Levar-nos á fé salvadora em Cristo Jesus (João 20.21).
2) Orientar-nos sobre decisões do dia-a-dia (2 Timóteo 3.16).
3) Guardar-nos contra superstições, mentiras e enganos (Salmo 119.105).
4) Livrar-nos de cairmos em pecados, desordem emocional e cegueira espiritual (Salmo 119.11, Efésios 6.17, Apocalipse 1.3).
5) Dar-nos sabedoria e compreensão sobre fatos do passado, do presente e do futuro (Salmo 19.8, 2 Pedro 1.19, Apocalipse 1.1).










BASES BÍBLICAS DO ENSINO
EDUCAÇÃO CRISTÃ ORDENADA: a palavra ensinar é repetida mais de 200 vezes na Bíblia. Exemplos: Deuteronômio capítulo 4.versos: 1,5 e 10, Deuteronômio capítulo 6, verso 1.
Especificamente, o ensino foi ordenado por Cristo em Mateus 28.19-20.
A "Grande Comissão" dada à Igreja não envolve apenas a proclamação das boas novas (evangelismo). Os ensinos (doutrinas) precisam ser apresentados ao povo, para edificação e afastamento das heresias (erros): Romanos 15.4, Colossenses 1.28, 1 Timóteo 4.11.
O próprio ministério de Jesus foi, em grande parte, voltado ao ensino: Mateus 5.2, 7.29, 9.35, Lucas 4.15, etc.
Os primeiros cristãos foram zelosos no ensino: Atos 5.42.
As bênçãos decorrentes do ensino da Palavra de Deus são expressas em João 5.39, Romanos 15.4, Salmo 119.105, 2 Timóteo 3.14-17, Apocalipse 1.3.
ENSINO BÍBLICO ÀS CRIANÇAS
O ensino bíblico não deve ser ministrado somente a jovens e adultos. Há vários exemplos bíblicos da ênfase de ensinar a criança dentro da Palavra de Deus: Provérbios 22.6, Deuteronômio 6.7, Mateus 19.13-14, 1 Timóteo 3.14-15.













COMO ESTUDAR A BÍBLIA?
Através do estudo da Bíblia chegamos a conhecer a verdade que nos liberta (João 8:32). Entretanto, muitas pessoas que acreditam que o estudo da Bíblia é importante nunca aprenderam como estudar efetivamente e entender a mensagem da revelação de Deus. Consideremos algumas sugestões práticas de coisas que nos ajudarão a ser melhores estudantes da Bíblia.
Atitudes e Preparações Necessárias
Antes que possamos estudar efetivamente a Bíblia, precisamos considerar sua fonte e abordar o estudo com profundo respeito pelo Deus que nos criou e nos revelou sua vontade nas Escrituras. É importante estudar com absoluto respeito pela palavra de Deus.
Samuel aceitou a instrução de Eli e recebeu as palavras de Deus com uma atitude de humildade: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3:9-10). Cada vez que abrirmos as páginas das Escrituras, deveremos demonstrar exatamente esta atitude. O estudante humilde tem que ter também um coração aberto.
Pedro nos diz que precisamos esvaziarmos-nos do mal para que possamos aceitar o puro evangelho com o ardente desejo dos recém-nascidos querendo leite (1 Pedro 2:1-3). Com humildade e corações abertos, procuramos cumprir o compromisso de cada servo fiel de Cristo: obedecer tudo o que Jesus nos ordenou (Mateus 28:19-20).
O estudo proveitoso também depende de uma valorização correta do texto que estamos estudando. A Bíblia contém a completa, suficiente e final revelação da vontade de Deus para o homem, por isso deverá ser estudada cuidadosa e respeitosamente. O estudante fiel da palavra deverá estar familiarizado com as afirmações de textos tais como 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; Judas 3; Hebreus 1:1-4; 2:1-3 e Gálatas 1:6-9.
Devemos estudar também com respeito pelo silêncio das Escrituras. Muitos erros podem ser evitados se temos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não falou. Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra (veja a ilustração em Hebreus 7:12-14, onde o escritor mostra que Jesus não foi um sacerdote de acordo com a lei do Velho Testamento, mas que ele mudou a lei ao tornar-se um sacerdote de uma tribo que não estava autorizada a servir desta maneira). Jesus tinha o direito de mudar a lei, mas nós não. Tais passagens como 2 João 9; 1 Coríntios 4:6 e Apocalipse 22:18-19 nos lembram do perigo de ir além ou acrescentar à palavra revelada.
Uma outra prática importante, quando entramos no estudo das escrituras, é a oração. Devemos orar como o salmista o fez: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (Salmo 119:18).
Ferramentas Para o Estudo da Bíblia
Há vários recursos que podem ser úteis em nosso estudo da Bíblia. O mais importante é a própria Bíblia. Somos abençoados em nosso tempo por termos Bíblias em quase todas as línguas faladas. Há um bom número de traduções portuguesas. Escolha uma que seja inteligível, mas que mantenha cuidadoso respeito pela mensagem sendo traduzida. Ajuda-nos bastante ter várias traduções diferentes para comparar.
Muitos outros livros têm sido escritos para auxiliar no estudo da Bíblia. Uma Chave Bíblica, por exemplo, é muito útil para localizar várias passagens que usam a mesma palavra. Serve como um tipo de índice listando as palavras da Bíblia e onde são encontradas. Vários tipos de dicionários são também bem úteis no estudo da Bíblia.
Muitos mal-entendidos podem ser evitados ou corrigidos pela consulta a um dicionário comum. Dicionários especiais de palavras bíblicas são ainda mais valiosos, pois freqüentemente dão explicações úteis do modo como uma palavra é usada nas Escrituras. Ainda que eles sejam um pouco difíceis de se aprender a usar, os dicionários bíblicos baseados nas línguas bíblicas originais (hebraico e grego) nos ajudam a apreciar mais precisamente os significados de algumas palavras.
É claro que tais outros livros não são essenciais ao entendimento de nossa responsabilidade diante de Deus, mas podem esclarecer a mensagem da Bíblia e nos auxiliar a apreciar sua força e beleza.
Pode também ser útil estudar o ambiente do texto, usando tais auxílios como os Atlas ou os mapas das terras bíblicas, livros sobre história, etc. Tais livros servem para ressaltar o rico significado do texto.
Comentários aparecem em muitas formas. Podem ser bastante úteis, ou muito destrutivos. Comentários são simplesmente as explicações de autores humanos sobre o significado dos textos bíblicos.
Eles vão desde breves artigos ou mesmo notas de rodapé em Bíblias de estudo, até coleções de livros. Podem ser encontrados em boletins, revistas, sermões, etc. Ao usar todas estas fontes, precisamos nos lembrar que seres humanos nunca são infalíveis e que todo o ensinamento tem que ser examinado à luz das Escrituras (Atos 17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22).
Sugestões Sobre Como Estudar a Bíblia
Há algumas sugestões práticas que podem ajudar a desenvolver bons hábitos no estudo da Bíblia por toda a vida:
1. Leia, leia, leia! O passo mais importante no estudo efetivo é a leitura do texto. Isto deverá envolver pelo menos dois tipos de leitura: (a) Leitura geral do texto da Bíblia para tornar-se cada vez mais familiar com a mensagem da Bíblia como um todo (um plano bom e prático é ler a Bíblia inteira pelo menos uma vez por ano), e (b) Leitura mais cuidadosa de textos específicos que você estiver estudando.
2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da Bíblia é tirar um versículo do seu contexto para interpretá-lo de um modo que vai contra o significado do texto e contra o amplo contexto da Bíblia como um todo. Se você estiver estudando um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado. Se estiver estudando um versículo, leia pelo menos o capítulo que o envolve. Muitos erros serão evitados pela cuidadosa consideração do contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia procurar respostas para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê? Quando e onde tudo isto ocorreu?
3. Observe que tipo de texto você está estudando. É uma narrativa que relata uma parte da história da Bíblia? Está o autor desenvolvendo um argumento para explicar ou refutar alguma doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma parábola? É parte do Novo Testamento (que se aplica nos dias de hoje) ou da velha lei (que governava os judeus do Velho Testamento)?
4. Entenda as palavras que você está estudando. Neste ponto, aquele dicionário da Bíblia ou outra tradução pode ser muito útil.
5. Procure auxílio em outras passagens. Muitos dos mais difíceis textos da Bíblia são esclarecidos por mais simples afirmações em relatos paralelos ou similares. A Bíblia é o seu próprio e melhor comentário! Desde que verdade nunca contradiz verdade, é nossa responsabilidade estudar diligentemente para reconciliar as discrepâncias aparentes.
6. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou tradições humanas.
7. Faça anotações. Muitas pessoas acham muito útil o uso de um caderno para anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem saber, etc. Mais leituras e estudo muitas vezes responderão a dúvidas ou questões, por isso é bom ter anotações que você possa usar para aumentar o seu conhecimento.
8. Lembre-se de que a Bíblia nos dá o que necessitamos, mas nem tudo o que poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus está além da nossa compreensão, e há muitas coisas que poderemos querer saber que não estão reveladas na Bíblia (veja Deuteronômio 29:29). Temos que aprender a contentarmos-nos com o que Deus disse e não devemos nos permitir opinar e presumir para falar onde ele não falou.
O Valor do Estudo Bíblico
O estudo da Bíblia é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos benefícios nesta vida, e que ajuda a equiparmos-nos para ficar na presença de Deus eternamente. Somos grandemente abençoados pelo privilégio de nos ser permitido ler e reler a carta de amor que Deus nos deu nas Escrituras. Que nossas vidas e hábitos de estudo reflitam a atitude expressada no Salmo 119:14-17:
"Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas. Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra."



A AULA BÍBLICA
A execução do ensino é uma tarefa de responsabilidade do professor, a ser feita com dedicação e amor. Afinal, você está lidando com pessoas a quem Deus muito ama!
Basicamente, a aula bíblica é composta das seguintes etapas:
1. PREPARAÇÃO DO PROFESSOR
Separe tempo, na semana anterior à classe, para:
- Oração
- Leitura da lição
- Fixação dos objetivos da aula - síntese do que o aluno aprenderá – Exemplo:
Aula sobre o valor da oração
Síntese do ensino – a oração é importante porque é um recurso que Deus nos dá para nosso crescimento e vitória espiritual.
Aplicação prática: levar o aluno a orar, diariamente.
- Preparação da aula em si (recursos didáticos, interações com os alunos, planejamento da aula) – buscando despertar o interesse do aluno e motivá-lo para a aprendizagem.
2. NA CLASSE:
O professor precisa chegar com antecedência de 15 minutos, para prepara os materiais e ajustar o local (arrumação de cadeiras, ventilação, iluminação, etc.).
Ao entrarem os alunos, postado á porta, cumprimenta-os pelo nome e mostra satisfação em que eles tenham vindo.
Anota os nomes dos presentes e, se houver visitantes, nome e endereço.
A seguir, no horário exato, inicia a aula com uma oração. Então procede com a aula propriamente dita:
1. Leitura Bíblica
É o texto bíblico no qual se baseia a história da lição. A leitura sempre é recomendada, mesmo que depois o professor conte a história posteriormente.
Caso a leitura seja longa, e os alunos de pouca idade, pode-se abreviar ou lê-la de modo dinâmico (exemplo: se há 2 personagens, o professor e um aluno escolhido lêem responsivamente o trecho da fala respectiva a cada personagem).
2. Apresentação do tema ou da história
Pode-se iniciar a aula com perguntas sobre o texto, o com uma explanação direta sobre o mesmo.
Caso a aula seja sobre história bíblica, sugere-se utilizar figuras ou outros recursos para tornar atraente o ensino.
É importante o professor ter em mente que esta não é somente a hora de se contar uma história, mas sim o momento de transmitir ao aluno as verdades divinas.
3. Ponto de Contato - Aplicação da Lição
É o momento de fazer um fechamento do assunto ou da história bíblica, destacando lições que se apliquem ao dia-a-dia e à faixa etária de seus alunos.
Também, você pode aproveitar para avaliar o que aprenderam fazendo perguntas aos seus alunos.
4. Atividades
É hora de usar a revista do Aluno, caso houver. O professor deve dar muita atenção ao aluno nesta fase. É neste momento que ele vai dar o retorno de tudo o que aprendeu e você, professor, poderá avaliar, também, seus procedimentos didáticos e, quem sabe, se for o caso, reestruturá-los.
5. Memorização do Texto
É o momento de os alunos memorizarem o texto áureo. Utilize um suporte visual para essa parte (cartaz ou gravuras).
6. Encerramento
É o último contato em sala e você deve proceder de tal forma que seu aluno perceba sempre uma porta aberta para ele voltar e, de preferência, trazendo visitantes.
Apresentam-se os visitantes e lembram-se dos aniversariantes.
Sempre encerre sua aula com uma oração, dê oportunidade para um aluno fazê-la.
Não se esqueça de despedir os alunos com sorriso e cordialidade, manifestando sincero desejo de revê-los na próxima aula!
Em tempo:
Utilize cartazes, recursos didáticos, exercícios variados, brincadeiras. Faça uso desses recursos e você verá como sua aula ficará movimentada


SALA E MATERIAIS PARA A EBD
A sala de uma escola bíblica destina-se à ministração do ensino, com recursos didáticos que motivem tanto o aluno quanto o professor.
O ideal é que seja uma sala bem iluminada, ventilada e com pouco barulho externo.
Adiante, sugestões de materiais e equipamentos para utilização nas salas de aula para classes de Escola Bíblica, considerando-se alunos na faixa etária de 5 a 12 anos. Obviamente, para faixas diferenciadas de idade, adapta-se a lista às características próprias da mesma, inserindo ou excluindo determinados materiais.
1 Mural Didático (afixado na altura que as crianças possam ver e tocar)2 mesas retangulares ou redondas e cada mesa com 6 cadeiras, com medidas apropriadas para cada faixa etária
1 mesa e cadeira para o professor1 flanelógrafo e cavalete1 aparelho de som pequeno com toca-fitas e CD1 estante para livros e revistas1 armário de aço para depósito do material didático da classe1 quadro grande de feltro ou cortiça para afixar o Plano de Freqüência e trabalhos (afixado na altura que as crianças possam ver e tocar)1 pia com balcão para limpeza de materiais de artes1 Álbum-seriado1 quadro de pregas1 quadro branco portátil
1 projetor de slides1 tela de projeção1 retro-projetor1 videocasseteLápis de ceraTesouras (sem ponta)ColasFitas adesivasMapas bíblicosGlobo-terrestre de mesaTintas guacheCartolinasPapel cartãoPapel crepomPapel laminadoPapel celofaneIsopor 10 mmPincéis números 1, 2, 3, 4 e 5Giz de ceraPincéis Atômicos coloridos, para quadro branco
Livros, revistas e coleções infantis bíblicas

A EBD COMO ELEMENTO INFLUENCIADOR DA SOCIEDADE
Júlio César Zanluca
A tarefa de um obreiro juvenil é exigente – mas também recompensadora. Em geral, a imagem pública das igrejas é frequentemente a de uma organização voltada a reabilitar as pessoas em dificuldades – recuperação de vícios, traumas, desordem moral.
Mas a sua influência sobre a vida de jovens tem, muito provavelmente, sido ainda maior. A reputação de ser um serviço de socorro na base de um precipício é bem real, mas uma quantidade bem maior de jovens tem sido direcionada para os caminhos cristãos por meio dos obreiros da juventude.
Cada jovem impactado pelo evangelho é um a menos na beira do precipício. Ganhar uma criança ou um jovem para Cristo, significa uma vida completa e incólume a ser apresentada a Ele. O que é muito melhor do que tentar consertar, mas tarde, as peças quebradas.
Pela EBD, passarão novos líderes, crianças e jovens hoje que serão adultos amanhã, e que serão nossos representantes na escola, na igreja, no governo e nas instituições. O que dissermos ou ensinarmos a elas, hoje, influenciará o futuro de nossa nação.
Se abandonarmos o ensino e nos rendermos a uma apresentação superficial do evangelho, estaremos comprometendo nossos princípios, nossas crianças, nossos jovens e nosso futuro moral. A igreja que desiste de ensinar, além de estar desobedecendo à ordem de Jesus em Mateus 28.20, está entregando os pontos para o adversário, fazendo da preguiça e do comodismo o seu evangelho.
Obreiro: lembre-se que você é a pessoa chamada por Deus para influenciar vidas, pelo ensino persistente da Bíblia! Nunca despreze uma criança ou um jovem, ou uma pequena classe, mesmo que as dificuldades sejam maiores que as certezas.
Lembre-se sempre das palavras do Mestre dos mestres: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste ... não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.” (Mateus 18.10-14).







LIÇÃO 1 – O QUE É INTEGRALIDADE OU INTEGRIDADE
Texto: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37,38)

[1] INTRODUÇÃO
a. Delimitação: abordar o conceito de integridade não como virtude, mas como resultado da obra conciliadora de Cristo em nosso ser.
b. Problematização:
i.Homem: O que foi tocado em nós? O que foi rompido, dividido na natureza humana que causa tantos dilemas? Por que a natureza do homem é tão incoerente? Qual a origem destes dilemas? Por que o homem não consegue se regenerar ou alcançar um status de harmonia em si mesmo?
ii.Salvador: Cristo é o salvador de quê? O que foi tão estragado em nós que precisa de um Salvador da estatura de Cristo? Quem pode integrar (restaurar) o ser humano em um todo sadio novamente?
c. Objetivos: demonstrar que Cristo é o único que pode restaurar todas as coisas e integrar o ser humano com Deus, consigo mesmo, com a sociedade e com a natureza.

[2] CONCEITOS IMPORTANTES
a. Íntegro: taw-meem (hebraico); do latim integru, raiz integer, literalmente quer dizer não tocado (não tanger), intacto; ser inteiro; todo, completo; perfeito.
i.Integridade: latim integritas, "inteireza", “completude”, "totalidade"; estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição; vida "completa", que funciona harmoniosamente; não ter nada a esconder ou a temer.
ii."Seja completo"; idéia de sanidade, saúde, boa reputação, abundância de algo e de que não está faltando nenhum elemento essencial que constitua alguma fraqueza ou imperfeição; sentido moral: "aquilo que é eticamente são, direito"
[i]
iii.Antônimo: O indivíduo íntegro não é dividido (isso é duplicidade) nem simplesmente finge (isso é hipocrisia); não fragmentado; dobre (Tg 1.8).
iv.Warren Wiersbe: integridade é para o caráter de uma pessoa a mesma coisa que a saúde é para o seu corpo (“A Crise de Integridade”).
b. Retidão: (hebraico) (latim) rectu [particípio de regére, ou regido]; que segue a mesma direção; direito; conforme à justiça; imparcial, justo; honesto, íntegro.
c. Simples: latim simplice, que não é duplo, múltiplo, ou desdobrado em partes; que não é constituído de partes ou substâncias diferentes; uno; humilde; natural.
d. Puro ou limpo: sem mistura ou alteração; genuíno (original); sem impurezas; não infectado; sem manchas ou nódoas; limpo, imaculado; honesto, íntegro, probo.
e. Sincero: (latim) sinceru, sem mistura; sem malícia; sem artifício, sem dissimulação, sem intenção de enganar; sem afetação ou disfarce; disposto a reconhecer a verdade; verdadeiro, autêntico; de boa fé; sem impostura ou malícia.

[3] PANORAMA GERAL DO CURSO
a. Causas: em 4 retratos abordar a origem da crise de integridade e a restauração.
b. Efeitos: Os efeitos da desintegração no homem em Romanos 7.
c. Conceitos: analisar o significado de carne e espírito e o dilema entre eles.
d. Andar: analisar o que significa andar na carne e andar no Espírito.
e. Transição: analisar a transição do homem de Romanos 7 para Romanos 8.
f. Cura espiritual: analisar como a cura produz integridade em Romanos 8
g. Vida espiritual: como viver a integridade cristã.
h. Estudo de caso: o discipulado de Pedro.

[4] REFERÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE INTEGRIDADE
a. “A sinceridade dos íntegros os guiará, mas a perversidade dos aleivosos os destruirá” (Pv 11.3); “Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o de caminhos perversos ainda que seja rico” (Pv 28.6).
b. “Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor teu Deus” (Dt 25.15).
c. “E seja o vosso coração inteiro para com o Senhor nosso Deus, para andardes nos seus estatutos, e guardardes os seus mandamentos como hoje” (1Rs 8.61).
d. “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa” (Fp 2.15).
e. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).
f. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
g. “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tg 1.4)

[5] ANTES DE DISCUTIR INTEGRIDADE — RECONHECER DEUS
a. Auto-ajuda: toda abordagem que não leve em conta a relação com Deus é incapaz de tratar do dilema humano; não é possível alcançar integridade no homem, porque ele não é apenas físico-material; mas é físico/ espiritual.
b. Utopias: toda utopia que não inclua Deus está fadada ao fracasso, porque não provê solução para a conciliação do homem com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza.
c. Se não há Deus infinito-pessoal: não há moral (certo e errado); se não há moral, não há pecado (transgressão); se não há pecado, o certo e o errado são equivalentes; logo não há conseqüência, nem mérito, mas também não há esperança.
d. Se há Deus infinito-pessoal: há obrigação moral por parte do homem; se há moral, há certo e errado e há diferença entre eles; se há certo e errado, há recompensa e penalidade.
e. Se há Deus, é necessário:
i.Reconhecer o governo de Deus: Deus tem direitos naturais de criador e redentor; tem o poder de governo, porque é o único independente do universo; há leis que regem o universo e nosso relacionamento com o Criador; o ser humano tem obrigações para com Deus.
ii.Reconhecer a natureza humana: o ser humano é constituído de unidade matéria/espírito e não pode viver como se fosse apenas material-físico; tem origem pessoal e não pode viver como autônomo (independente); tem direitos concedidos por Deus mediante obrigações.
iii.Reconhecer o pecado: a oposição ao governo de Deus; a incapacidade de reconciliar com Deus; a rejeição da vida espiritual e a incapacidade de viver como ser físico/espiritual; aceitar o convencimento do Espírito Santo quanto ao nosso estado espiritual e condenação diante de Deus.
iv.Reconhecer o Salvador: aceitar o convencimento do Espírito Santo quanto a morte expiatória e a ressurreição de Cristo.
v.Reconhecer a salvação: aceitar o convencimento do Espírito Santo quanto aos efeitos da salvação individual.

[6] Para refletir:
Thomas à Kempis: Se você tivesse idéia de quanta paz interior você ganharia para si, e quanta alegria você traria aos outros, se devotando inteiramente a Deus, você certamente prestaria mais atenção no seu progresso

[i] Teixeira, Adriano. O Caminho da Integridade – Entendendo e Vivendo; site www.portalbatista.org.br.













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